25 de out. de 2011

Análise do Ciclo de Vida dos Agroquímicos no Aquífero Carste em Almirante Tamandaré - Relatório PIBIC




Muitas propriedades rurais de Almirante Tamandaré/PR praticam a agricultura convencional, a qual pode ser considerada um potencial de contaminação do aquífero devido ao uso agroquímicos. Estes compostos escoam superficialmente e percolam no solo podendo atingir outras culturas próximas, pois possuem tempo de permanência elevado no meio ambiente e seus metabólitos podem ser mais tóxicos do que o composto inicial. O objetivo deste trabalho foi investigar por meio da Análise do Ciclo de Vida os processos ecotoxicocinéticos dos agroquímicos utilizados nas atividades agrícolas de uma propriedade em Almirante Tamandaré situada nas coordenadas UTM 22J 667930E 7195374S. Para o desenvolvimento deste estudo foram realizadas caracterizações físico-químicas do solo e da água da região e levantamento dos principais agroquímicos aplicados. Posteriormente foi investigada a cinética desses compostos em solo e água. Para verificação da existência de agroquímicos na propriedade foi realizado uma investigação por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Como resultado foi verificado que a mobilidade de compostos agrotóxicos depende das características do solo e do composto, das condições climáticas e de relevo da região. Dentre os quinze agrotóxicos possíveis de serem encontrados no solo e na água subterrânea da propriedade estudada, a maioria dos compostos tem grande potencial de transporte na fase líquida através do carregamento de partículas de solo e dissolvidas em água. Mesmo apresentando grande capacidade de mobilidade em fase líquida, a maioria destes compostos tem baixo potencial de lixiviação para água subterrânea, dessa forma a capacidade de contaminação do aquífero Carste não é significativa se houver a aplicação desses agroquímicos nas culturas verificadas. Pela verificação dos processos de degradação e comportamento dos agroquímicos estudados em solo e água, e pela potencialidade natural de contaminação da região Carste, percebeu-se que a agricultura convencional apresenta grande potencial de contaminação do aquífero. Porém, os processos de percolação, volatilização e lixiviação dos compostos não garantem que estes agroquímicos possam estar presentes na água subterrânea, uma vez que o relevo e as características do solo desfavorecem estes processos. Além disso, as águas do Carste podem reagir com os compostos ou metabólitos absorvendo as moléculas de pesticidas.

Relatório Final PIBIC 2010/2011 de Larisa Mariane Utzig.

Para acessar o documento completo clique aqui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente!